O ecumenismo é definido sendo esforço das igrejas cristãs a unidade perdida, que ao longo do tempo solapou a unidade cristã. Admitir o ecumenismo hoje é respeitar as diferenças. A unidade constitui a essência dos cristãos. Somos cristãos em comunidade, é na relação com outro que manifestamos nossa comunhão com Deus.
O diálogo inter religioso vai além do ecumenismo, pois é uma tentativa de uma abertura e diálogo com as demais religiões. O diálogo só poderá existir a partir de quando nos colocarmos em base de igualdade perante o outro, criando um laço de fraternidade.
De fato, o cristianismo tem um caráter interpessoal, pois nos provoca a dimensão humana afetiva. É uma angústia profunda saber que a mensagem evangélica do amor, fraternidade e de paz anunciada por Jesus não é vivenciada integralmente por nós cristãos.
É necessário, uma mudança de mentalidade e sair do indiferentismo para uma visão múltipla de um novo mundo que podemos construir com respeito mútuo acolhida ao próximo (seja ele quem for). O preconceito impede o relacionamento com o diferente, com o outro. O diálogo remove esses preconceitos.
Durante muito tempo da história a Igreja deu ênfase na expressão “fora da igreja não há salvação”. O grande desejo por parte da Igreja era o retorno dos irmãos separados cismáticos a Igreja verdadeira.
O Deus revelado por Jesus é um Deus amoroso e misericordioso, que se revela em todos e oferece a salvação a todos. Os cristãos de hoje são mais abertos do que no passado, porque mais pessoas reconhecem o pluralismo religioso como parte da condição histórica da existência humana. Não se pode confundir unidade com uniformidade (ser todos iguais, pensar igual). A pluralidade não impede a unidade.
Uma atitude exclusivista é identificada por cristãos evangélicos conservadores que lêem os textos bíblicos de maneira fundamentalista. Roger Haight afirma que o Deus dos cristãos não é concebido como um Deus local, tribal, exclusivo deles próprios.
Nunca em toda a história as religiões se viram tão próximas uma das outras, devendo se reconhecer e se respeitarem. Isto se deve ao avanço tecno-científico que possibilita uma interação e conhecimento pelos meios de comunicação social, inclusive a internet. A
A colaboração da religião pela paz pela justiça implica pela dignidade humana. Toda a religião tem algo a dizer para o mundo e poderiam ser instrumento de paz, especialmente para este mundo tão violento.
Não podemos mais aceitar diante dos desafios da pós- modernidade, com seus desafios permanecermos inertes e presos a legalismos a impossibilitar a criação de uma cultura de respeito pelas diferenças, cujo objetivo único seja vida e paz.
Há uma tendência de equiparar todas as religiões do planeta, porém o que se deve levar em conta são características próprias de cada religião, sendo respeitadas e valorizadas, sem perder a identidade de cada religião. Dialogo inter religioso é olhar-se com olhar do outro.
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