sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ó Entre Folhas, querida, em teu louvor nossas vozes, se elevam...


Neste ano de 2011 temos muita alegria a festejar, são duzentos de uma história que foi construída a cada dia. Nós entrefolhenses nos orgulhamos da nossa história, das lutas, das vitorias conquistadas com o suor do nosso trabalho.

Cada entrefolhense desde o princípio fez sua parte contribuiu para o desenvolvimento social, educativo, religioso. Sentimos “pena” daqueles que não amaram seu povo, daqueles que não investiram e acreditaram na cidade.

Ó Entre Folhas, querida, em teu louvor nossas vozes, se elevam... Nossos aplausos eternos por tão bela historia...

Recordamos-nos dos povos indígenas que por aqui moravam, dos primeiros habitantes esta terra um dia foram deles, que por motivos financeiros, assim podemos dizer, eles foram exterminados, basta conhecer um pouco sobre a história da ponte queimada, próximo do Quartel do Sacramento, o fato é que eles se foram e a nossa história deve muito a eles, por que iniciamos nossa justamente com a saída deles.

Recordamos-nos dos políticos, dos professores (que sempre lutaram e acreditaram na educação), minha avó hoje no auge dos seus noventa e seis anos para ser alfabetizada, seu pai contratou um professor para ensiná-la e também seus irmãos.

Recordamos-nos dos padres e bispos que evangelizaram (foram tantos...) que incansavelmente lutaram pela construção do reino de Deus em nosso meio, formando comunidades, promovendo a paz, se destaca o saudoso padre Dionísio (que iniciou a construção de nossa matriz) o saudoso padre Jose Lanzilloti, homem de Deus, que passou nesta terra, que dedicou sua vida inteiramente ao Reino e a nossa cidade, ao nosso querido padre José do Carmo Lima, que faz parte da história de nossa paróquia desde 1955, que sempre teve um apreço todo especial por Entre Folhas.

Recordamos das pessoas simples, das mulheres de mãos calejadas pelo trabalho nas lavouras de café, que incansavelmente lutou pela educação de sobrevivência de seus filhos, dos pedreiros (quão bela Igreja temos, mãos cuidadosas que a edificaram.) dos comerciantes, fazendeiros, e trabalhadores rurais, das senhoras donas de casa.

Toda esta história está registrada em documentos, fotos antigas e estudos, mas também reside na memória de quem fez e ainda faz a cidade, desde os fatos mais comentados, polemizados a casos familiares, comuns que acontecem no dia a dia que são contados de pais a filhos. Somos testemunhas de contos talvez lendários (como é o caso do homem que aparece em lua cheia a meia noite e de tão grande senta na torre da Igreja) e de tantos outros casos e acasos.

Feliz é o povo que tem orgulho da sua cultura, da sua história e tradição. Parabéns, Entre Folhas... Continuemos a construir a nossa história, na promoção da paz, na defesa da vida

Vai amigo e anuncia...


Vai amigo e anuncia

Deixa a tua tenda, amigo,

E vai

Há uma viagem arriscada

a fazer

E só tu não tens medo

do deserto

Deixa a tua família, amigo,

e vai

Há o nome de um povo escrito

no céu

E só tu sabes ler nas estrelas

o destino

Deixa o teu campo, amigo,

e vai

Há outra verdade, amigo, para além

deste rio

E só tu aprendeste

a semear

Deixa a tua verdade, amigo

e vai

Há outra verdade maior

a dizer

E só tu não guardas para ti

o sol

Deixa o teu barco, amigo,

e vai

Há outra pesca alem

deste mar

E só tu és capaz de vencer

a noite.

Deixa o teu silencio amigo,

e vai

Há uma palavra importante

a falar.

E só tu nasceste profeta

e pregrino.


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